Por Ricardo Mota, no seu blog no Tudo Na Hora.
Pelo menos por um dia, a Assembleia Legislativa será, de fato, “a casa do povo alagoano”. É uma instituição que perdeu o respeito por si própria, e teima em não se encarar no espelho. Mesmo depois de 6 de dezembro de 2007, quando da realização da Operação Taturana, a Casa de Tavares Bastos teve inúmeras chances de se reconstruir, e jogou-as, todas, na lata do lixo.
Até aqueles que vêem nas ações do MSCC a quebra definitiva da legalidade devem convir que os projetos que serão “aprovados” hoje são o único caminho para que a Assembleia mereça o mínimo de respeito por parte da população. O corte do duodécimo em mais de R$ 20 milhões, e a cassação dos deputados envolvidos no esquema que desviou – segundo a PF – R$ 302 milhões são condições minimamente necessárias para que o Poder Legislativo retome os trilhos da lei. E este seria apenas o recomeço de uma longa trajetória a ser perseguida.
A democracia precisa do Legislativo, mas prescinde do que lá está. A manifestação de hoje não pode ser entendida como “o elogio à bagunça“, até porque nada mais desprezível moral e legalmente do que a existência de um sumidouro do dinheiro público (R$ 113 milhões), que nenhum retorno traz à população - esta a maior de todas as bagunças. O argumento de que os movimentos de trabalhadores rurais sem-terra são maioria entre os manifestantes é, mais do que uma crítica, uma constatação: eles representam a metade miserável da população alagoana – e ninguém perde tanto com o desvio do dinheiro público.
A ocupação não é “o melhor dos mundos possível” (da solução ´”panglossiana”), mas pelo menos durante 24 horas – mesmo que numa fantasia de carnaval –, o pleno da Assembleia não será alvo do achincalhe e da revolta das ruas.
Fonte: Tudo Na Hora
O sentimento de Ricardo Mota é o de muitos alagoanos enojados com a atual composição do Legislativo Estadual. Que a casa de Tavares Bastos possa viver dias melhores.
Até aqueles que vêem nas ações do MSCC a quebra definitiva da legalidade devem convir que os projetos que serão “aprovados” hoje são o único caminho para que a Assembleia mereça o mínimo de respeito por parte da população. O corte do duodécimo em mais de R$ 20 milhões, e a cassação dos deputados envolvidos no esquema que desviou – segundo a PF – R$ 302 milhões são condições minimamente necessárias para que o Poder Legislativo retome os trilhos da lei. E este seria apenas o recomeço de uma longa trajetória a ser perseguida.
A democracia precisa do Legislativo, mas prescinde do que lá está. A manifestação de hoje não pode ser entendida como “o elogio à bagunça“, até porque nada mais desprezível moral e legalmente do que a existência de um sumidouro do dinheiro público (R$ 113 milhões), que nenhum retorno traz à população - esta a maior de todas as bagunças. O argumento de que os movimentos de trabalhadores rurais sem-terra são maioria entre os manifestantes é, mais do que uma crítica, uma constatação: eles representam a metade miserável da população alagoana – e ninguém perde tanto com o desvio do dinheiro público.
A ocupação não é “o melhor dos mundos possível” (da solução ´”panglossiana”), mas pelo menos durante 24 horas – mesmo que numa fantasia de carnaval –, o pleno da Assembleia não será alvo do achincalhe e da revolta das ruas.
Fonte: Tudo Na Hora
O sentimento de Ricardo Mota é o de muitos alagoanos enojados com a atual composição do Legislativo Estadual. Que a casa de Tavares Bastos possa viver dias melhores.
Bruno Monteiro
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