Ultimamente tenho observado a grande velocidade com que as novidades são absorvidas. O que é novo hoje, amanhã será velho, descartável. Muitos apostaram que a internet seria apenas mais uma novidade descompromissada, facilmente alienada, de lucro estantâneo. "Uma tv com novas funções" diziam alguns. Apesar dos grandes volumes de dinheiro investidos pelas empresas de tecnologia, a internet foi e será um território sem lugar para o lucro. Vejamos empresas como Google e MSN que são obrigadas a fazer malabarismos adminsitrativos para fechar suas contas. Só quem ganha dinheiro com a internet é quem vende algo ou quem vende a própria conexão de internet.Quem tentou ficar milionário com a internet perdeu boa parte do dinheiro investido com o estouro da "bolha da internet" em 2000.
Depois desse ano os investimentos, que antes eram apenas em publicidade, passaram a ser geridos de forma mais realista. Os governos passaram a investir pesado na nova tecnologia, pois, a internet faz com que os custos caiam. E muito. Multinacionais com escritórios em todo mundo diminuiram seus gastos em comunicações; governos passaram a ter o controle real sobre todos os dados institucionais de que necessitavam. Era uma nova era. Uma era em que a velocidade com que se trocam informações é praticamente infinita.
Junto com essa revolução tecnológica, veio uma revolução cultural. O mundo tornou-se cada vez mais imediatista. A paciência, que já andava curta, se esgotou. A juventude que antes já era inquieta, agora se encontra em um estado de total impulsividade. Mas não é uma impulsividade positiva, onde se contesta o pré estabelecido.É uma impulsividade onde se confirma o pré estabelecido. Podemos ter acesso a qualquer tipo de informação através da internet. Desde notícias que influem diretamente em nossas vidas mas que são difíceis de perceber - notícias da classe política e economica - até notícias que erroneamente acreditamos fazer diferença em nossas vidas - como notícias sobre novelas, programas inúteis de tv, futebol, etc.
Os governos, antes sempre ameaçados quando não pela oposição, pelos cidadões pensantes, agora deitam e relaxam sobre uma soberania baseado na alienação, não mais no medo como era nas ditaduras. Com o advento da internet, nós cidadões, poderíamos mudar um pedaço dessa triste realidade que nos rodeia. Poderiamos fugir da programação medíocre da telivisão, acessar livros e textos interessantes, filmes, documentários, instaurar discussões, etc. Mas preferimos fazer desse veículo fantástico uma "tv com mais funções" como disseram os gurus norte-americanos. Gastamos horas com orkut e msn, conversando na maioria das vezes com pessoas próximas(!) onde bastaria um telefonema para um encontro real. Acompanhamos nosso time de coração. Corremos pra frente do PC pra ver as novas fofocas dos "famosos" e os proximos capítulos das novelas. Alguns até procuram incessantemente um relacionamento amoroso virtual, tornando ainda mais frias as relações pessoais que já estão geladas.
Permitam-me as analogias: usar a internet para fazer a engranagem da alienação ficar cada vez mais forte, é como se usássemos a invenção do fogo para queimarmos uns aos outros; é como se os inventores da anestesia, usassem-na para matar os pacientes. Uma ferramenta que dispõe de tal abrangência ser renegada a mero passa tempo, é "um sacrilégio", uma afronta a nossa auto-intitulada "racionalidade". Antes reclamavamos por não termos acesso a informação. A informação era privilégio de ricos. Hoje com uma hora de lan-house pode-se ficar sabendo o que acontece no mundo todo; é possível debater assuntos importantes para todos; ver os gastos do governo e, principalmente, é possível nos livrarmos da maldita TELEVISÃO/GLOBO.
Chega de ver Michael Jackson sendo violentado pela mídia. Nem um enterro decente ele teve direito. Lá estavam todas as tv´s do mundo, tirando uma casquinha do astro, vendendo espaço publicitários, ganhando muitos milhões de dólares em lucro. Artistas decadentes sapateiam e dançam em cima do caixão do pobre Michael. Irmãos e pais de olho gordo na herença. Um circo dos horrores. Sandra Annenberg (não sei se é assim que se escreve) do Jornal Hoje chora. Luigi Barricheli do Video Show chora. E nós, com a internet e suas úteis informações, damos audiência a esses demagogos que ganham dinheiro as custas das emoções verdadeiras das pessoas que agem sem pensar.
Chega. Enquanto não mudarmos nossos hábitos, o mundo será sempre um lugar divido em 2 grupos: os exlporados - nós - e os exploradores - os empresários e políticos. E enquanto o mundo for assim, seremos sempre infelizes, procurando sentido nos bens materias, num estilo de vida "global", uma vida vazia, sem sentido e egoísta.
Depois desse ano os investimentos, que antes eram apenas em publicidade, passaram a ser geridos de forma mais realista. Os governos passaram a investir pesado na nova tecnologia, pois, a internet faz com que os custos caiam. E muito. Multinacionais com escritórios em todo mundo diminuiram seus gastos em comunicações; governos passaram a ter o controle real sobre todos os dados institucionais de que necessitavam. Era uma nova era. Uma era em que a velocidade com que se trocam informações é praticamente infinita.
Junto com essa revolução tecnológica, veio uma revolução cultural. O mundo tornou-se cada vez mais imediatista. A paciência, que já andava curta, se esgotou. A juventude que antes já era inquieta, agora se encontra em um estado de total impulsividade. Mas não é uma impulsividade positiva, onde se contesta o pré estabelecido.É uma impulsividade onde se confirma o pré estabelecido. Podemos ter acesso a qualquer tipo de informação através da internet. Desde notícias que influem diretamente em nossas vidas mas que são difíceis de perceber - notícias da classe política e economica - até notícias que erroneamente acreditamos fazer diferença em nossas vidas - como notícias sobre novelas, programas inúteis de tv, futebol, etc.
Os governos, antes sempre ameaçados quando não pela oposição, pelos cidadões pensantes, agora deitam e relaxam sobre uma soberania baseado na alienação, não mais no medo como era nas ditaduras. Com o advento da internet, nós cidadões, poderíamos mudar um pedaço dessa triste realidade que nos rodeia. Poderiamos fugir da programação medíocre da telivisão, acessar livros e textos interessantes, filmes, documentários, instaurar discussões, etc. Mas preferimos fazer desse veículo fantástico uma "tv com mais funções" como disseram os gurus norte-americanos. Gastamos horas com orkut e msn, conversando na maioria das vezes com pessoas próximas(!) onde bastaria um telefonema para um encontro real. Acompanhamos nosso time de coração. Corremos pra frente do PC pra ver as novas fofocas dos "famosos" e os proximos capítulos das novelas. Alguns até procuram incessantemente um relacionamento amoroso virtual, tornando ainda mais frias as relações pessoais que já estão geladas.
Permitam-me as analogias: usar a internet para fazer a engranagem da alienação ficar cada vez mais forte, é como se usássemos a invenção do fogo para queimarmos uns aos outros; é como se os inventores da anestesia, usassem-na para matar os pacientes. Uma ferramenta que dispõe de tal abrangência ser renegada a mero passa tempo, é "um sacrilégio", uma afronta a nossa auto-intitulada "racionalidade". Antes reclamavamos por não termos acesso a informação. A informação era privilégio de ricos. Hoje com uma hora de lan-house pode-se ficar sabendo o que acontece no mundo todo; é possível debater assuntos importantes para todos; ver os gastos do governo e, principalmente, é possível nos livrarmos da maldita TELEVISÃO/GLOBO.
Chega de ver Michael Jackson sendo violentado pela mídia. Nem um enterro decente ele teve direito. Lá estavam todas as tv´s do mundo, tirando uma casquinha do astro, vendendo espaço publicitários, ganhando muitos milhões de dólares em lucro. Artistas decadentes sapateiam e dançam em cima do caixão do pobre Michael. Irmãos e pais de olho gordo na herença. Um circo dos horrores. Sandra Annenberg (não sei se é assim que se escreve) do Jornal Hoje chora. Luigi Barricheli do Video Show chora. E nós, com a internet e suas úteis informações, damos audiência a esses demagogos que ganham dinheiro as custas das emoções verdadeiras das pessoas que agem sem pensar.
Chega. Enquanto não mudarmos nossos hábitos, o mundo será sempre um lugar divido em 2 grupos: os exlporados - nós - e os exploradores - os empresários e políticos. E enquanto o mundo for assim, seremos sempre infelizes, procurando sentido nos bens materias, num estilo de vida "global", uma vida vazia, sem sentido e egoísta.
Julho, 2009.
Walter Jr
redator chefe
redator chefe
Comentários
Mas, o que seria de nós, sem um pouco de fantasia?
"Algumas pessoas ja me enviaram emails afirmando eu me achar "o rei da cocada preta" outras inclusive vem até a tribuna do TM para, anonimamente tentar dizer a mesma coisa só que com piadas e frases desconexas, outras até deixaram de falar comigo. Como esse texto é uma verdadeira utopia, pois exprime um ideal, e os ideais nao são totalmente alcançaveis,as pessoas podem achar que escrevo esse tipo de texto me vangloriando, tentando mostrar uma coisa q nao sou. É obvio q ainda passo alguns minutos na frente da tv, principalmente na hora do globo esporte, assim como tb faço piadas com os amigos e solto puns como todo mundo. Não quero ser do tipo aquela mulher chata que aparece no comercial da skol falando de crise em meio a uma roda de samba/cervejada. Só acho q tem hora pra tudo. Pra agir em pró de todos e pra agir em pró de gente. Não sou demagogo e muito menos hipocrita, apenas tento ser uma pessoa melhor. É impossível noa disvercilharmos de uma hora pra outra de hábitos enraizados, mas o que quero mostrar que a mudança gradativa mesmo em pequena escala, vale mais do que a inércia. Gostaria apenas de compartilhar das idéias que acho serem boas para todos, não apenas para mim."
a todos os leitores.
abraço a todos.
Pena que a maioria das pessoas só usem essa ferramenta pra bater papo e continuarem alienadas.
Parabéns, Walter!
Mas aproveiando a deiza, traum, voe me parece mandar muito sobre cinema.
Voce esta em Alagoa?
Seria bom conersar contigo.
Abraço.
abraço!