MÚSICA: Gato Zarolho

Numa noite um pouco conturbada pela falta de tempo e pelo dia cansativo, há uns dois ou três anos atrás, tive a oportunidade de assistir uma apresentação improvisada, era uma banda de nome curioso e engraçado (pelo menos pra mim). A ocasião tratava de um tributo a Ernesto Che Guevara, no Espaço Cultura da Universidade Federal de Alagoas, realizado por grupo político jovem. Infelizmente não pude ficar até o final, pois perderia meu ônibus e teria que dormir ao relento.

Nunca tinha ouvido falar da Gato Zarolho antes daquela apresentação. A partir dali pesquisei sobre a banda onde pude. O pouco que consegui escutar era suficiente para dizer: essa banda é boa. Lembro da primeira música que escutei, Inês é Morta, e digo que é um dos destaques no repertório do CD recém lançado deles, Olho Nu Fitando Átomo, que conta com mais dez boas faixas.

Gato Zarolho tem cinco anos de existência, nasceu e dá seus pulos na cidade de Maceió, é formada por sete integrantes: Gilianne Santos, vocais; Bruno Ribeiro, contrabaixo; Yuri Pappas, bateria; Bruno BR, percussão; Vitor Peixoto, guitarra; Daniel Soares, percussão; Marcelo Marques, vocais e violão. Esse grupo dá para suas músicas um instrumental sólido, elaborado e detalhado em alguns momentos, mas também simples e objetivo noutros. Segundo os próprios, a banda é “marcada por uma sonoridade ritmicamente híbrida e por letras que passeiam pelo universo fantástico e pelo espanto do cotidiano”.

Caso você queira saber o que pode encontrar quando se deparar com a Gato Zarolho, adianto: nela tem MPB, tem rock, samba, tem música erudita, regional... É, realmente, uma das coisas mais interessantes da cena musical alagoana.

O CD Olho Nu Fitando Átomo está disponível para download no site oficial da banda, clique aqui e veja lá.

Wenndell Amaral

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