Por Olívia de Cássia Correia de Cerqueira, jornalista palmarina.
O mês de novembro é quando se comemora o Dia da Consciência Negra, um mês de reflexões para todos aqueles que têm descendência afro e também para os que lutam por dias melhores e mais justos e sem preconceitos. O Brasil, um país de dimensões continentais, foi um dos últimos a abolir a escravidão, por meio de um decreto da princesa Isabel, que foi levada pelas circunstâncias históricas a abolir a escravidão no País.
A atitude de Isabel se deu não por que ela era boazinha e humana, como fizeram a gente pensar durante muitos anos na escola, mas porque a situação já estava insustentável tendo tomado relevância a partir de 1850 e caráter popular a partir de 1870, culminando com a assinatura da Lei Áurea, de 1888, que extinguiu - no papel - a escravidão negra no Brasil, segundo os historiadores.
No País, a escravidão começou na primeira metade do século XVI, com a produção de açúcar. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizá-los como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste; os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como mercadorias no Brasil. Um comércio desumano com aquelas pessoas, como se fossem animais.
Foram muitoso anos de maus-tratos com o povo negro. Os mais saudáveis, chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos, segundo contam os historiadores em seus relatos. Também era mais valorizado o negro vindo de Angola e Moçambique, para o trabalho na lavoura, e aqueles negros vindos do porto de São Paulo de Mina, na mineração em Minas Gerais.
Inconformados com tanta humilhação e maus-tratos, por volta do ano de 1580, fugitivos dos engenhos de açúcar se aglutinaram na Serra da Barriga, em União dos Palmares, e formaram um grande quilombo. Palmares foi o primeiro e o mais importante refúgio daqueles que sonhavam com a liberdade e o principal símbolo de luta e resistência, tendo durado por mais de um século. Transformou-se em moderno símbolo da resistência do africano à escravatura.
Zumbi foi o líder do Quilombo dos Palmares, que comandou um verdadeiro exército na Serra da Barriga e lutou brava e incansavelmente pela libertação e dignidade de seu povo. Uma história de rebeldia, luta pela liberdade e justiça. A história palmarina é uma história rica de memórias e precisamos repassá-la para nossos jovens, para que reverenciem esses nossos heróis na figura do grande guerreiro que foi Zumbi, não só em novembro, quando o mundo todo se volta às comemorações do Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20. Essa consciência tem que existir todos os dias dentro de todos nós.
O preconceito racial tem que ser combatido com conscientização, educação e luta pela paz diária objetivando a convivência pacífica entre os povos. Vamos cultuar a paz dentro de nós, fazer um pacto, aproveitar que este ano o dia estadual pela paz está na ordem de discussão na sociedade alagoana, com manifestações pelas ruas e adicionar esse debate nos encontros que vão acontecer durante o mês da Consciência Negra, para celebrar essa comunhão e intenção pela paz, contra a intolerância religiosa, contra o preconceito e pela libertação dos povos oprimidos. Que venha a paz; salve Zumbi, nosso maior herói.
A atitude de Isabel se deu não por que ela era boazinha e humana, como fizeram a gente pensar durante muitos anos na escola, mas porque a situação já estava insustentável tendo tomado relevância a partir de 1850 e caráter popular a partir de 1870, culminando com a assinatura da Lei Áurea, de 1888, que extinguiu - no papel - a escravidão negra no Brasil, segundo os historiadores.
No País, a escravidão começou na primeira metade do século XVI, com a produção de açúcar. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizá-los como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste; os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como mercadorias no Brasil. Um comércio desumano com aquelas pessoas, como se fossem animais.
Foram muitoso anos de maus-tratos com o povo negro. Os mais saudáveis, chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos, segundo contam os historiadores em seus relatos. Também era mais valorizado o negro vindo de Angola e Moçambique, para o trabalho na lavoura, e aqueles negros vindos do porto de São Paulo de Mina, na mineração em Minas Gerais.
Inconformados com tanta humilhação e maus-tratos, por volta do ano de 1580, fugitivos dos engenhos de açúcar se aglutinaram na Serra da Barriga, em União dos Palmares, e formaram um grande quilombo. Palmares foi o primeiro e o mais importante refúgio daqueles que sonhavam com a liberdade e o principal símbolo de luta e resistência, tendo durado por mais de um século. Transformou-se em moderno símbolo da resistência do africano à escravatura.
Zumbi foi o líder do Quilombo dos Palmares, que comandou um verdadeiro exército na Serra da Barriga e lutou brava e incansavelmente pela libertação e dignidade de seu povo. Uma história de rebeldia, luta pela liberdade e justiça. A história palmarina é uma história rica de memórias e precisamos repassá-la para nossos jovens, para que reverenciem esses nossos heróis na figura do grande guerreiro que foi Zumbi, não só em novembro, quando o mundo todo se volta às comemorações do Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20. Essa consciência tem que existir todos os dias dentro de todos nós.
O preconceito racial tem que ser combatido com conscientização, educação e luta pela paz diária objetivando a convivência pacífica entre os povos. Vamos cultuar a paz dentro de nós, fazer um pacto, aproveitar que este ano o dia estadual pela paz está na ordem de discussão na sociedade alagoana, com manifestações pelas ruas e adicionar esse debate nos encontros que vão acontecer durante o mês da Consciência Negra, para celebrar essa comunhão e intenção pela paz, contra a intolerância religiosa, contra o preconceito e pela libertação dos povos oprimidos. Que venha a paz; salve Zumbi, nosso maior herói.
http://oliviadecassiajornalista.zip.net
Comentários
" É evidente que as relações políticas de Palmares eram complexas - conforme o Prof. Manoel Florentino - e envolvia acordos pois não substiria por tanto tempo se fosse em total isolamento o que não lhe retira o heroismo da resistência ao regime. O resto é história, tal como, é a história idealizada do colonizador, e deve sim ser repeitada e até mesmo homenageada naquilo que teve de relevante."
Pra ser bem sincera, não consegui formar uma opinião sobre esse assunto mas para mim,evidente que não quero da enfoque a questão "raça", até porque não creio na divisão social feita por esse aspecto; mas isso trata da história, da nossa história enquanto povo, a história da formação da nação. Tem a ver com a dignidade humana, a valorização dela, essa valorização que o sistema escravista violava continuamente."A escravidão foi um sistema de terror. O resto é história. História que pode ser contada pela visão do opressor e também pela do oprimido."
Não sei..não sei..
Esse assunto em me deixado confusa.
O site é o seguinte: http://zumbidospalmaresvive.blogspot.com/.
Vale a pena conferir. E se alguem tiver mais informações, seria bem útil.
http://www.tempomoderno.net/2009/06/e-mail-artigo-um-breve-ensaio-uma-outra.html