Dois anos é o tempo dos fatos. Enquanto um casal paulista de classe média resolve matar a filha/enteada, outro casal alagoano, perde o seu filho para um sequestrador. Sentimentos contrários envolvem essas duas famílias. Um casal chora de alegria por reencontrar o filho sequestrado, o outro é tratado com o mais puro desprezo pela sociedade brasileira ao longo do julgamento que encerrou nesta madrugada com a leitura da sentença, a qual condenou os assassinos de Isabela.
Não consigo diferenciar o fato do pai ter matado a filha ou um sequestrador ter tirado do convívio familiar um garoto de oito anos. Assassinato e sequestro deveriam ter uma pena muito longa, sem recurso e regressão.
Muita ironia, Ana Carolina é o nome da mãe e o nome da assassina de Isabela. O termo madrasta, não se refere à pessoa má, mas nessas circunstâncias, se enquadraria muito bem. O que falar de um pai que faz uma barbaridade com uma filha? Isso o júri respondeu pra mim. É triste saber que em breve o casal Nardoni vai estar livre de alguma maneira.
A tristeza acabou para o casal palmarino que foi rever o filho Sérgio no Rio de Janeiro, tudo custeado pelo governo do Estado de Alagoas. A mídia que foi tão “cruel” com o casal Nardoni, encheu nossos olhos de alegria ao exibir as imagens do reencontro dos pais de Sérgio. Pessoas simples reencontraram o tesouro, ao contrário de pessoas classe média que conseguiram quebrar um lindo diamante!
Dallas Diego
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