Neste dia 23 de abril, Jorge de Lima, o filho ilustre da cidade de União dos Palmares, completaria 117 anos. O blog A Terra da Liberdade publicou diversas postagens homenageando e relembrando esse grande poeta brasileiro. Abaixo segue um texto cuja autoria é assinada por Franco Maciel.
Jorge de Lima é importante? Aqui em União, não!
Poucos palmarinos sabem, mas você sabia que o nosso conterrâneo Jorge de Lima, conhecido como o príncipe dos poetas alagoanos, já foi tema do samba-enredo da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, no desfile de carnaval de 1975, com o tema "Imagens Poéticas de Jorge de Lima"? Não!? Quanta honra, hein!? Pois é amigo, e isso é só pra você saber da tamanha importância desse nosso poeta, que é tão pouco valorizado em nossa cidade.
Outro fato que serve pra mostrar o tamanho do poder que Jorge de Lima possui, é que dois grandes nomes da Música Popular Brasileira, Chico Buarque e Edu Lobo, debruçaram-se sobre os poemas de Jorge de Lima e conceberam o espetáculo de dança mais famoso apresentado no Brasil, "O Grande Circo Místico". E não é só isso, o musical também foi transformado num disco coletivo, lançado pela Som Livre e o elenco incluía nomes como, Chico e Edu, Gal Costa, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Tim Maia, Simone, Zizi Possi e Jane Duboc. O cara é bom ou não é?
E, para completar, e você entender e ter orgulho mais ainda de Jorge de Lima, anos depois, mais precisamente em 2002, outra escola de samba carioca, a Mocidade Independente de Padre Miguel, também resolveu homenagear o poeta Jorge de Lima e levou para o sambódromo "O Grande Circo Místico", terminando o campeonato em 4º lugar. Peraí, tem mais?
Ah, tem mais! Ele também foi um talento reconhecido em 1947, por Artur Lunkvist, uma espécie de olheiro do prêmio Nobel, que bastante impressionado com a obra do poeta, convenceu a academia a dar o Nobel de Literatura a ele no ano de 1958, já que havia uma lista de autores para ganhar antes. Mas, infelizmente, como se sabe, Jorge de Lima morreu em 1953 e o Nobel só premia vivos.
Mas não é só por isso que devemos ter orgulho de Jorge de Lima, devemos ter orgulho dele por toda sua história e por toda sua importância para nossa cidade. Jorge viveu pouco em União, mas apesar de ter vivido pouco, ele amou sua terra natal, e a amou até o fim de sua vida. E é essa cidade que ele tanto amou e retratou em seus poemas que deveria se orgulhar dele por ele ter nascido aqui, mas pelo que parece e se percebe é o contrário.
A casa onde ele nasceu na "Praça da Matriz"... está verde e fechada. A praça em sua homenagem, construída pelo ex-prefeito Antonio Gomes de Barros, continua lá no mesmo lugar... totalmente esquecida. O seu busto, pago por ele mesmo, também continua lá... e ninguém nem nota. E os livros doado por ele antes de morrer? Nem existe mais. E as poesias de Jorge, algum palmarino sabe? Ninguém sabe. Eita União, viu? E se não vamos ter orgulho de Jorge de Lima, vamos ter orgulho de quem?
Então, só pra não perder a mania... viva Jorge de Lima! E, apesar de tudo... viva nossa cidade, que não se orgulha de ter um Jorge de Lima como palmarino.
Outro fato que serve pra mostrar o tamanho do poder que Jorge de Lima possui, é que dois grandes nomes da Música Popular Brasileira, Chico Buarque e Edu Lobo, debruçaram-se sobre os poemas de Jorge de Lima e conceberam o espetáculo de dança mais famoso apresentado no Brasil, "O Grande Circo Místico". E não é só isso, o musical também foi transformado num disco coletivo, lançado pela Som Livre e o elenco incluía nomes como, Chico e Edu, Gal Costa, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Tim Maia, Simone, Zizi Possi e Jane Duboc. O cara é bom ou não é?
E, para completar, e você entender e ter orgulho mais ainda de Jorge de Lima, anos depois, mais precisamente em 2002, outra escola de samba carioca, a Mocidade Independente de Padre Miguel, também resolveu homenagear o poeta Jorge de Lima e levou para o sambódromo "O Grande Circo Místico", terminando o campeonato em 4º lugar. Peraí, tem mais?
Ah, tem mais! Ele também foi um talento reconhecido em 1947, por Artur Lunkvist, uma espécie de olheiro do prêmio Nobel, que bastante impressionado com a obra do poeta, convenceu a academia a dar o Nobel de Literatura a ele no ano de 1958, já que havia uma lista de autores para ganhar antes. Mas, infelizmente, como se sabe, Jorge de Lima morreu em 1953 e o Nobel só premia vivos.
Mas não é só por isso que devemos ter orgulho de Jorge de Lima, devemos ter orgulho dele por toda sua história e por toda sua importância para nossa cidade. Jorge viveu pouco em União, mas apesar de ter vivido pouco, ele amou sua terra natal, e a amou até o fim de sua vida. E é essa cidade que ele tanto amou e retratou em seus poemas que deveria se orgulhar dele por ele ter nascido aqui, mas pelo que parece e se percebe é o contrário.
A casa onde ele nasceu na "Praça da Matriz"... está verde e fechada. A praça em sua homenagem, construída pelo ex-prefeito Antonio Gomes de Barros, continua lá no mesmo lugar... totalmente esquecida. O seu busto, pago por ele mesmo, também continua lá... e ninguém nem nota. E os livros doado por ele antes de morrer? Nem existe mais. E as poesias de Jorge, algum palmarino sabe? Ninguém sabe. Eita União, viu? E se não vamos ter orgulho de Jorge de Lima, vamos ter orgulho de quem?
Então, só pra não perder a mania... viva Jorge de Lima! E, apesar de tudo... viva nossa cidade, que não se orgulha de ter um Jorge de Lima como palmarino.
Franco Maciel de Carvalho Ferreira
Acadêmico do Curso de Geografia - Campus V/UNEAL
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