O parlamento da Grécia aprovou nesta quinta-feira (6) o plano do governo para reduzir o déficit fiscal (diferença entre arrecadação e gastos) do país, atualmente em 13,6% do Produto Interno Bruto (PIB). O pacote, que inclui aumento de impostos e redução de salários, é condição para que o país tenha acesso ao pacote de ajuda de 110 bilhões de euros (US$ 146 bilhões) patrocinado pelas nações da zona do euro e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
No entanto, a reação dos mercados nesta quinta mostrou que os investidores não estão convencidos de que os problemas da Grécia estão perto de serem resolvidos. Especialistas ouvidos pelo G1 dizem que o resgate à Grécia será um teste importante para a zona do euro, tanto política quanto economicamente.
O parlamento da Grécia aprovou nesta quinta-feira (6) o plano do governo para reduzir o déficit fiscal (diferença entre arrecadação e gastos) do país, atualmente em 13,6% do Produto Interno Bruto (PIB). O pacote, que inclui aumento de impostos e redução de salários, é condição para que o país tenha acesso ao pacote de ajuda de 110 bilhões de euros (US$ 146 bilhões) patrocinado pelas nações da zona do euro e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
No entanto, a reação dos mercados nesta quinta mostrou que os investidores não estão convencidos de que os problemas da Grécia estão perto de serem resolvidos. Especialistas ouvidos pelo G1 dizem que o resgate à Grécia será um teste importante para a zona do euro, tanto política quanto economicamente.
“É o primeiro grande teste de fogo do projeto Europa. Os outros governos da região vão ter que lidar com o fato de que o dinheiro está indo para um país que não fez sua parte quando se trata de austeridade fiscal”, diz João Alberto Alves Amorim, professor dos cursos de Relações Internacionais e de Comércio Internacional da Universidade Anhembi Morumbi.
Outra face do problema é a reação da população grega, que foi às ruas contra o plano aprovado pelo parlamento. “A grande questão é se o governo grego segura a rua. Temos que lembrar que os políticos estão pensando não só na próxima geração mas também na próxima eleição”, diz Antonio Gelis Filho, professor da Fundação Getúlio Vargas. “Será que o governo grego vai ter apoio da Alemanha para acalmar a população? Porque a postura da Alemanha tem sido um pouco hesitante”, afirma o especialista, se referindo ao país europeu que vai arcar com a maior parte da ajuda financeira à Grécia.
A Grécia tem economia baseada principalmente na agricultura e no turismo e entrou na União Europeia em 1981. Faz parte também da zona do euro, conjunto de 16 países que adotaram a moeda comum.
“Os países mais pobres da Europa que entraram na União Europeia estão sofrendo muito com a crise econômica. A crise se deve a uma dificuldade de manter padrões do euro depois da retirada das ajudas, já que no início eles receberam muito dinheiro do bloco”, diz Amorim.
“Quando o país ingressa em uma união monetária perde uma das suas principais ferramentas para administrar sua própria moeda, que é poder desvalorizar a moeda, o que torna mais competitiva a sua produção. A Grécia não dispõe disso”, explica Gelis. “E a Grécia também é uma economia pouco competitiva quando comparada a outras da União Europeia.”
Neste cenário, a Grécia começou a ter déficits fiscais, mas, na época pré-crise, com a grande liquidez internacional, não teve dificuldades de emitir títulos e se endividar. Além disso, os especialistas lembram que o país foi acusado de falsificar estatísticas sobre sua economia entregues à UE no ano passado, que faziam sua situação parecer melhor do que de fato era.
Medidas impopulares
Fonte: G1
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