Depois de três décadas de crescimento espetacular, a China passou o Japão, tornando-se a segunda maior economia do mundo, atrás dos Estados Unidos, divulgou na madrugada desta segunda-feira o jornal New York Times. O marco já era esperado há algum tempo, tanto que o Banco Central chinês já anunciara no dia 30 de julho que o país era a segunda maior economia do mundo, ficando só atrás dos EUA. Hoje a subida no ranking do gigante asiático foi confirmada pelo anúncio, em Tóquio, de que a economia japonesa teve expansão de 0,4% no segundo trimestre, ficando em US$ 1,28 trilhão, pouco abaixo do US$ 1,33 trilhão registrado pela China no mesmo período. O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos ficou em torno de US$ 14 trilhões em 2009.
O crescimento do Japão ficou abaixo do estimado pelo mercado. Segundo especialistas, o fato de desbancar o Japão -- depois de ter passado Alemanha, França e Reino Unido -- reforça o poder do crescimento chinês e as previsões de que a China ultrapasse os EUA, tornando-se a maior economia do mundo em 2030. Isso tem um significado muito forte. Confirma o que vem acontecendo há uma década: que a China vem eclipsando o Japão na área econômica. Para todos na região da China, o país agora é o maior parceiro comercial, em lugar de EUA e Japão - disse Nicholas R. Lardy, economista do Instituto Peterson para Economia Internacional, em Washington.Para o Japão, cuja economia está estagnada há mais de uma década, os dados refletem o declínio do poder econômico e político. Segundo o Banco Mundial, o Japão deteve o posto de segunda maior economia do mundo em boa parte dos últimos 40 anos. E, na década de 1980, falou-se inclusive que o país ultrapassaria os EUA.
Mas, enquanto a economia do Japão está madura e sua população vem envelhecendo rapidamente, a China tem problemas de urbanização e está longe de ser desenvolvida, dizem especialistas. A China tem mais ou menos o mesmo território que os EUA, mas abriga um quinto da população mundial e recursos insuficientes. Sua renda per capita está em torno de US$ 3.600, próxima de Argélia, El Salvador e Albânia, contra US$ 46 mil dos EUA. - Eles (os chineses) exercem muita influência na economia global e estão se tornando dominantes na Ásia, disse Eswar S. Prasad, professor de política comercial em Cornell e ex-diretor do FMI para a China. - Muitas economias da região estão basicamente navegando na aba da China, o que é extraordinário para uma economia com uma renda per capta baixa - completou. Avaliar o que essa força recém-descoberta da China significa, porém, ainda é complicado.
Se, considerando-se a renda per capita, o país é relativamente pobre, tem um governo autoritário capaz de tomar ações decisivas: estimular a economia, investir em infraestrutura e indústrias. Isso, diz Lardy, do Instituto Peteson, dá ao país um poder incomum: "A China já é o principal fator a determinar o preço de virtualmente todas as principais commodities."
O crescimento do Japão ficou abaixo do estimado pelo mercado. Segundo especialistas, o fato de desbancar o Japão -- depois de ter passado Alemanha, França e Reino Unido -- reforça o poder do crescimento chinês e as previsões de que a China ultrapasse os EUA, tornando-se a maior economia do mundo em 2030. Isso tem um significado muito forte. Confirma o que vem acontecendo há uma década: que a China vem eclipsando o Japão na área econômica. Para todos na região da China, o país agora é o maior parceiro comercial, em lugar de EUA e Japão - disse Nicholas R. Lardy, economista do Instituto Peterson para Economia Internacional, em Washington.Para o Japão, cuja economia está estagnada há mais de uma década, os dados refletem o declínio do poder econômico e político. Segundo o Banco Mundial, o Japão deteve o posto de segunda maior economia do mundo em boa parte dos últimos 40 anos. E, na década de 1980, falou-se inclusive que o país ultrapassaria os EUA.
Mas, enquanto a economia do Japão está madura e sua população vem envelhecendo rapidamente, a China tem problemas de urbanização e está longe de ser desenvolvida, dizem especialistas. A China tem mais ou menos o mesmo território que os EUA, mas abriga um quinto da população mundial e recursos insuficientes. Sua renda per capita está em torno de US$ 3.600, próxima de Argélia, El Salvador e Albânia, contra US$ 46 mil dos EUA. - Eles (os chineses) exercem muita influência na economia global e estão se tornando dominantes na Ásia, disse Eswar S. Prasad, professor de política comercial em Cornell e ex-diretor do FMI para a China. - Muitas economias da região estão basicamente navegando na aba da China, o que é extraordinário para uma economia com uma renda per capta baixa - completou. Avaliar o que essa força recém-descoberta da China significa, porém, ainda é complicado.
Se, considerando-se a renda per capita, o país é relativamente pobre, tem um governo autoritário capaz de tomar ações decisivas: estimular a economia, investir em infraestrutura e indústrias. Isso, diz Lardy, do Instituto Peteson, dá ao país um poder incomum: "A China já é o principal fator a determinar o preço de virtualmente todas as principais commodities."
Fonte: Reuters
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