A Ética da Malandragem - No Submundo do Congresso Nacional.
Lúcio Vaz, 2005
Ed. Geração Editorial
Lúcio Vaz, 2005
Ed. Geração Editorial
Livros sempre foram e sempre serão os verdadeiros tesouros da humanidade. São fontes de conhecimentos inestimáveis, imensuráveis. São fontes de mudanças, de idéias que promovem a liberdade de corpo e alma.Não foi à toa que os romanos queimaram a biblioteca de Alexandria para diminuir o risco de insurreições contra Roma, após claro, retirar as obras mais importantes. Cruzando dados de diversos livros de diversas áreas do conhecimento, pode-se chegar a conclusões arrebatadoras acerca da realidade em que estamos inseridos. Partindo desse pressuposto pessoal, comecei uma procura a livros de autores que me auxiliassem a entender da forma mais clara possível o drama da violência institucionalizada que vivemos hoje. E nessa busca encontrei vários livros que expunham cada um a seu modo, às vísceras da degradação social. Separei 3 livros que juntos continham informações valiosas sobre a violência e corrupção de move a Economia dos países capitalistas. Escolhido os livros, apresento-lhes a primeira obra da trilogia “Como Entender O Mundo” patrocinada pelo TM: a Ética da Malandragem – No Submundo do Congresso Nacional. Eis uma obra literária sem precedentes no Brasil.
O 1º capítulo abre o livro de forma chocante mostrando negociatas escusas entre deputados/ senadores eleitos e os que perderam mandatos ou galgaram outras carreiras políticas. Lucio Vaz se arrisca bastante para trazer à tona a compra e venda da posse de gabinetes [isso mesmo, gabinetes], apartamentos funcionais [patrimônio público cedido para os representantes do povo eleitos] e até de funcionários comissionados! Devido a esse início tão atrativo, não consegui largar mais livro. Devorei-o em poucos dias.
Tomemos como exemplo o capítulo Uma Grande Família Nunca Acaba, onde o autor faz uma busca minuciosa nos documentos administrativos de circulação interna do Congresso [Câmara e Senado] para expor graves casos de nepotismo no início do governo Lula; e assim o livro segue cada vez aprofundando a gravidade das denúncias que expunham as vísceras podres nas quais estão alicerçado grande parte da “ideologia política” que rege nossas vidas [ditando o preço da gasolina, de feijão, cobrando centenas de cifras de imposto sobre nosso salário, de nosso suor sem nos dar contrapartida nenhuma uma vez que para ter serviços de qualidade é preciso PAGAR], sem falar que são eles que põem as leis, muitas delas absurdas e corporativistas, em vigor]. Vaz expõe os alugueis de mandato, o escândalo Collor*, as aposentadorias absurdas, dívidas de empresários perdoadas através de canetadas de políticos amigos, legendas partidárias de aluguel, políticos pedófilos, políticos eleitos com dinheiro do narcotráfico internacional, cocaína sendo vendida diretamente nos gabinetes, políticos que usavam toda sua verba de gabinete para pagar salário de jogadores de futebol do time de sua cidade natal, sem falar na compra e venda de votos para a aprovação de projetos de lei, entre muitos outros casos de deixar qualquer ser que possua uma mínima consciência cidadã totalmente descrente na política nacional...
Tudo bem, existem outros livros de jornalistas que tratam do jogo do poder de Brasília. Porém, Lúcio Vaz destoa dos demais escritores que têm o Congresso Nacional como tema, pois ele embasa suas reportagens com investigações jornalísticas apuradas somadas ao seu espírito destemido para enfrentar os “senhores de nossos destinos”. Enquanto o Jornal Nacional e congêneres apenas divulgam as notícias que o governo quer que sejam divulgadas, Vaz escavava os podres artifícios utilizados pelos inescrupulosos políticos escolhidos por nós e expunha em jornais de grande circulação como O Globo, Estadão, Correio Brasiliense, etc. O ímpeto socialista do autor, refletido em seu passado de militância comunista durante a Ditadura, é fator determinante na voracidade com que ele fareja e expõe a “ética” imoral que rege o comportamento profissional dos políticos capitalistas que corrompem e são corrompidos de 4 em 4 anos e afundam nosso país no fosso da falta de cultura e educação e saúde e ainda patrocinam a violência que nos assola e nos petrifica diante do mal, enquanto somos tolhidos de nossas garantias fundamentais expressas na Constituição promulgada em 88. Imperdível.
*. Essa parte do livro foi bastante útil para mim, como cidadão alagoano, já que ajuda a entender um tanto quanto melhor o Collorgate [é assim que o autor assina o título do cap.] trazendo à luz fatos que antecederam o impeachment e fatos de defesa de Collor. É fácil identificar que Fernando Collor de Melo, como diria o ditado, foi como muita sede ao pote: “e o Congresso não leva nada?” – Alguns dos nossos representantes questionaram entre si. E o resultado vocês já sabem. Eram muitos capitalistas gananciosos contra apenas um.
PS.: O livro trata do Congresso, porém usando o recurso da analogia, pode-se fazer um raio-x das histórias e falcatruas que gerem as demais casas legislativas do país. Seja em qualquer dos âmbitos, municipal ou estadual, a corrupção e imoralidade reinam.
O 1º capítulo abre o livro de forma chocante mostrando negociatas escusas entre deputados/ senadores eleitos e os que perderam mandatos ou galgaram outras carreiras políticas. Lucio Vaz se arrisca bastante para trazer à tona a compra e venda da posse de gabinetes [isso mesmo, gabinetes], apartamentos funcionais [patrimônio público cedido para os representantes do povo eleitos] e até de funcionários comissionados! Devido a esse início tão atrativo, não consegui largar mais livro. Devorei-o em poucos dias.
Tomemos como exemplo o capítulo Uma Grande Família Nunca Acaba, onde o autor faz uma busca minuciosa nos documentos administrativos de circulação interna do Congresso [Câmara e Senado] para expor graves casos de nepotismo no início do governo Lula; e assim o livro segue cada vez aprofundando a gravidade das denúncias que expunham as vísceras podres nas quais estão alicerçado grande parte da “ideologia política” que rege nossas vidas [ditando o preço da gasolina, de feijão, cobrando centenas de cifras de imposto sobre nosso salário, de nosso suor sem nos dar contrapartida nenhuma uma vez que para ter serviços de qualidade é preciso PAGAR], sem falar que são eles que põem as leis, muitas delas absurdas e corporativistas, em vigor]. Vaz expõe os alugueis de mandato, o escândalo Collor*, as aposentadorias absurdas, dívidas de empresários perdoadas através de canetadas de políticos amigos, legendas partidárias de aluguel, políticos pedófilos, políticos eleitos com dinheiro do narcotráfico internacional, cocaína sendo vendida diretamente nos gabinetes, políticos que usavam toda sua verba de gabinete para pagar salário de jogadores de futebol do time de sua cidade natal, sem falar na compra e venda de votos para a aprovação de projetos de lei, entre muitos outros casos de deixar qualquer ser que possua uma mínima consciência cidadã totalmente descrente na política nacional...
Tudo bem, existem outros livros de jornalistas que tratam do jogo do poder de Brasília. Porém, Lúcio Vaz destoa dos demais escritores que têm o Congresso Nacional como tema, pois ele embasa suas reportagens com investigações jornalísticas apuradas somadas ao seu espírito destemido para enfrentar os “senhores de nossos destinos”. Enquanto o Jornal Nacional e congêneres apenas divulgam as notícias que o governo quer que sejam divulgadas, Vaz escavava os podres artifícios utilizados pelos inescrupulosos políticos escolhidos por nós e expunha em jornais de grande circulação como O Globo, Estadão, Correio Brasiliense, etc. O ímpeto socialista do autor, refletido em seu passado de militância comunista durante a Ditadura, é fator determinante na voracidade com que ele fareja e expõe a “ética” imoral que rege o comportamento profissional dos políticos capitalistas que corrompem e são corrompidos de 4 em 4 anos e afundam nosso país no fosso da falta de cultura e educação e saúde e ainda patrocinam a violência que nos assola e nos petrifica diante do mal, enquanto somos tolhidos de nossas garantias fundamentais expressas na Constituição promulgada em 88. Imperdível.
*. Essa parte do livro foi bastante útil para mim, como cidadão alagoano, já que ajuda a entender um tanto quanto melhor o Collorgate [é assim que o autor assina o título do cap.] trazendo à luz fatos que antecederam o impeachment e fatos de defesa de Collor. É fácil identificar que Fernando Collor de Melo, como diria o ditado, foi como muita sede ao pote: “e o Congresso não leva nada?” – Alguns dos nossos representantes questionaram entre si. E o resultado vocês já sabem. Eram muitos capitalistas gananciosos contra apenas um.
PS.: O livro trata do Congresso, porém usando o recurso da analogia, pode-se fazer um raio-x das histórias e falcatruas que gerem as demais casas legislativas do país. Seja em qualquer dos âmbitos, municipal ou estadual, a corrupção e imoralidade reinam.
Walter A.
@walter_blogTM / wjr_stoner@hotmail.com
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