- On The Road, 1957. - Uivo, 1956. - Almoço Nu, 1959.
- Jack Kerouac - Allen Ginsberg - Wiliam S. Borroughs
- L&PM - L&PM - Ediouro
Minha idéia primeva era falar apenas sobre On The Road, porém, ao adentrar um um livro, sai-se em outro. Amigos íntimos um do outro, os 3 escritores repartiram suas vidas primeiro entre si, depois com o mundo através da escrita; repartiram principalmente, a idéia de uma geração
rebelde, afirmando a liberdade individual em confronto direto com a
sociedade burguesa. Tanto Kerouac quanto Ginsberg, e até mesmo o irracível Borroughs não faziam questão de se explicarem. Porém, ao passo que desconstroem o american way of life, eles necessitam de uma contextualização histórica para que não sejam mais incompreendidos do que já são tanto para os acadêmicos auto-denominados "eruditos" [receberam títulos de renomadas universidades e viraram docentes] quanto para a sociedade.
Os EUA viviam o pós guerra. Graças a Deus minha geração nasceu numa época abençoada: fim da ditadura, das grandes guerras, nascimento da pseudo democracia-demagoga [que, convenhamos, é muito melhor do que o fascimo, totalitarismo, e outros `ismos´]... Bem, esses autores não. Eles eram pequenos quando a II Guerra estourou. Acompanharam tudo, digeriram como deu e evacuaram para o mundo fragmentos de uma geração que cresceu com medo, com a liberdade cerceada pela força maior da guerra, criados por pais rigidos. Como se sabe, a falta de diálogo entre as geração é um problema recente, pois antes, não se atrevia a questionar os mais velho, os padrões estabelecidos, os costumes. Se hoje voce tem liberdade de comprar sua Playboy, ouvir músicas que não tocam na rádio, e, principalmente sair à noite pra curtir com os amigos, esses 3 autores tem culpa no cartório.
Não venho aqui fazer apologia à seus modos de vida, digamos, peculiares e idiossincráticos. Como todo cristão, não devo e me esforço para não julgar e sim entender para conciliar. Eles foram como o big bang: vieram antes dos hippies, punks, new waves, pacifistasm, etc. etc. e por isso devem por si mesmos permanecerem no panteão invisível dos renegados, incompreendidos que não deram à mínima para as convenções sociais [muitas vezes idiotas] de sua época e deixaram um legado de liberdade, irracionalidade assentadas num mosaico de genialidade.
Em abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, Kerouac escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser “On the Road”. Uma prosa espontânea, como ele mesmo chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência. Mas o manuscrito foi rejeitado por diversos editores e o livro foi publicado somente em 1957, após alterações exigidas pelos editores. O livro, de inspiração autobiográfica, descreve as viagens através dos Estados Unidos e México de Sal Paradise (Jack Kerouac) e Dean Moriarty (Neal Cassady). Kerouac colou com fita adesiva centenas de folhas em branco e datilografou ininterruptamente, sem parágrafos ou mesmo capítulos. Como um rio flui em sua natureza.
Responsável por uma das maiores revoluções culturais do século XX, “On the Road”, traduzido por Eduardo Bueno, mantém intacta sua aura de transgressão, lirismo e loucura. Considerada a obra-prima de Kerouac, um dos principais expoentes da geração beat dos Estados Unidos, sendo uma grande influência para a juventude dos anos 60, que colocava a mochila nas costas e botava o pé na estrada. Foi lançado nos Estados Unidos da América pela primeira vez em 1957.
Os EUA viviam o pós guerra. Graças a Deus minha geração nasceu numa época abençoada: fim da ditadura, das grandes guerras, nascimento da pseudo democracia-demagoga [que, convenhamos, é muito melhor do que o fascimo, totalitarismo, e outros `ismos´]... Bem, esses autores não. Eles eram pequenos quando a II Guerra estourou. Acompanharam tudo, digeriram como deu e evacuaram para o mundo fragmentos de uma geração que cresceu com medo, com a liberdade cerceada pela força maior da guerra, criados por pais rigidos. Como se sabe, a falta de diálogo entre as geração é um problema recente, pois antes, não se atrevia a questionar os mais velho, os padrões estabelecidos, os costumes. Se hoje voce tem liberdade de comprar sua Playboy, ouvir músicas que não tocam na rádio, e, principalmente sair à noite pra curtir com os amigos, esses 3 autores tem culpa no cartório.
Não venho aqui fazer apologia à seus modos de vida, digamos, peculiares e idiossincráticos. Como todo cristão, não devo e me esforço para não julgar e sim entender para conciliar. Eles foram como o big bang: vieram antes dos hippies, punks, new waves, pacifistasm, etc. etc. e por isso devem por si mesmos permanecerem no panteão invisível dos renegados, incompreendidos que não deram à mínima para as convenções sociais [muitas vezes idiotas] de sua época e deixaram um legado de liberdade, irracionalidade assentadas num mosaico de genialidade.
Em abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, Kerouac escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser “On the Road”. Uma prosa espontânea, como ele mesmo chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência. Mas o manuscrito foi rejeitado por diversos editores e o livro foi publicado somente em 1957, após alterações exigidas pelos editores. O livro, de inspiração autobiográfica, descreve as viagens através dos Estados Unidos e México de Sal Paradise (Jack Kerouac) e Dean Moriarty (Neal Cassady). Kerouac colou com fita adesiva centenas de folhas em branco e datilografou ininterruptamente, sem parágrafos ou mesmo capítulos. Como um rio flui em sua natureza.
Responsável por uma das maiores revoluções culturais do século XX, “On the Road”, traduzido por Eduardo Bueno, mantém intacta sua aura de transgressão, lirismo e loucura. Considerada a obra-prima de Kerouac, um dos principais expoentes da geração beat dos Estados Unidos, sendo uma grande influência para a juventude dos anos 60, que colocava a mochila nas costas e botava o pé na estrada. Foi lançado nos Estados Unidos da América pela primeira vez em 1957.
Ao cruzar os Estados Unidos de carro, Sal Paradise e Dean Moriarty
empreenderam a viagem que todos os jovens um dia sonharam em fazer,
repleta de garotas, bebidas e, acima de tudo, liberdade. Ao contar a
história de como os dois amigos atravessaram os Estados Unidos, Kerouac
inaugurou um novo tipo de prosa, que funciona como uma trilha sonora
interna ao livro, que vai se desprendendo das palavras, das frases, dos
blocos de texto. Essa escrita que tem o ritmo das ruas une a realidade
ao sonho, transformando o que era uma viagem em uma busca espiritual.
A obra-prima de Kerouac foi escrita fundindo ação, emoção, sonho,
reflexão e ambiente. Nesta nova literatura, o autor procurou captar a
sonoridade das ruas, das planícies e das estradas americanas para criar
um livro que transformaria milhares de cabeças, influenciando
definitivamente todos os movimentos de vanguarda, do be bop ao rock, o
pop, os hippies, o movimento punk e tudo o mais que sacudiu a arte e o
comportamento da juventude na segunda metade do século XX.
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Lançado no outono de 1956, o longo e profético Uivo de Allen
Ginsberg (1926-1997) foi apreendido pela polícia de San Francisco, sob a
acusação de se tratar de uma obra obscena. Depois de um tumultuado
julgamento, semelhante ao que foi submetida a novela de William
Burroughs, Naked Lunch, o poema foi liberado pela Suprema Corte
americana e vendeu milhões de exemplares. Desde então se tornou uma
fonte indispensável para todos aqueles que pretendem penetrar nas
estações do inferno e iluminações de Allen Ginsberg e seus companheiros
hipsters, pelas estradas amplas e becos sórdidos da América.
Junto com On the road de Jack Kerouac, é Uivo
que marca o início do movimento beat. Subitamente transformado numa
celebridade na América, Ginsberg prosseguiu produzindo num mesmo ritmo
frenético até sua morte, em 1997. Estes poemas são exemplos brilhantes
de poesia espontânea e em ritmo jazzístico do poeta maior da sua
geração. As notas, a introdução e a tradução de Uivo são de autoria do poeta e tradutor Cláudio Willer.
Howl (lit. "Uivo", em inglês) é um poema, parte do livro Howl and others poems, de 1956, prefaciado por William Carlos Williams. É considerada a obra poética mais significativa da geração pós-guerra e um dos pilares da cultura da Geração Beat na literatura, juntamente com Naked Lunch (1959) de William S. Burroughs e On the road (1957) de Jack Kerouac.
Geralmente visto como uma espécie de roteiro para compreender a cultura
Beat, o poema é, no entanto, de muito maior amplitude temática. Versando
sobre a obtusidade mental dos EUA na era macartista
e a consequente exclusão e marginalização de muitos artistas ou pessoas
comuns que não puderam desenvolver todas as suas potencialidades como
seres humanos e acabaram arrastados à loucura, ou a um beco-sem-saída na
sociedade.
Assim ele expõe, de fato, o sofrimento de uma geração, em um tom confessional, de acordo com a idéia de "nudez" proposta pelos autores beat. Mas também traz uma demonstração de força contra uma sociedade opressora com relação às minorias (os loucos, homossexuais, drogados, etc). No universo marginal retratado aparecem claramente os comportamentos libertários e espirituais que formariam a base da contracultura, que iria transformar em muito os padrões de comportamento no mundo inteiro.
Assim ele expõe, de fato, o sofrimento de uma geração, em um tom confessional, de acordo com a idéia de "nudez" proposta pelos autores beat. Mas também traz uma demonstração de força contra uma sociedade opressora com relação às minorias (os loucos, homossexuais, drogados, etc). No universo marginal retratado aparecem claramente os comportamentos libertários e espirituais que formariam a base da contracultura, que iria transformar em muito os padrões de comportamento no mundo inteiro.
Dois elementos centrais na estruturação poética de "Howl" são a
repetição de estruturas gramaticais, formando linhas muito longas, e,
principalmente, o ritmo. À semelhança do observado por Ginsberg na Bíblia com relação aos versículos, como posteriormente observado pelo poeta, linguista e tradutor das Escrituras Sagradas, Henri Meschonnic,
cada linha do poema representa uma unidade rítmica ininterrupta.
Significa, que cada linha deve ser lida de um só fôlego. Nas palavras de
Ginsberg: "de Maneira ideal cada linha 'do Uivo' é uma unidade de
respiração única. A minha respiração é longa — isto é a medida, uma
inspiração física e mental do pensamento contido no estiramento de uma
respiração."
O editor William Carlos Williams afirmou durante o julgamento que "Uivo era apenas um poema de um autor underground; porem todo aquela encenação de hipocrisia que a sociedade estava criando através da polemica e consequente julgamento, vai deixar o livro muito mais conhecido".
O editor William Carlos Williams afirmou durante o julgamento que "Uivo era apenas um poema de um autor underground; porem todo aquela encenação de hipocrisia que a sociedade estava criando através da polemica e consequente julgamento, vai deixar o livro muito mais conhecido".
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Almoço
Nu é um livro visceral, para quem tem estômago. Nessa obra William S.
Burroughs descreve os caminhos percorridos pelos viciados em drogas
"junk" (termo genérico para ópio e/ou derivados), como ele mesmo
define. Viciado em "junk" durante anos, afundou no submundo do crime
e conheceu figuras que de tão impressionantes se confundem com ficção.
São
esses relatos que compõem o livro
É
um poeta desiludido que nos oferece esse almoço. Sua obra é um livro rouco que
não traz lições nem modelos, apenas a perplexidade. não procuremos significados
complexos nessa narrativa insólita,
tenhamos a humildade de nos assombrar diante de tanta fraqueza e de tanta
fúria. Nesse livro, não há poses estudadas, rodeios retóricos e filosofias
preconcebidas. Mas também não há censuras de qualquer espécie, filtros ou
anteparos. Os choques vêm diretos.
Burroughs
apresenta, nesta obra enigmática, imagens e situações que aos poucos se tornam
cruelmente familiares, onde o leitor é atirado de uma espelunca urbana cheia de
viciados para o coração de uma floresta e depois para uma cidade que mais
parece a projeção de todas as metrópoles do mundo.
Literatura Beat e música:
A lista de conexões entre literatura Beat e música
vai longe. Basta lembrar os rapazes de Liverpool que, há mais de
três décadas batizaram seu conjunto de The Beatles, depois de uma visita
de Allen Ginsberg à Inglaterra, conforme revela Bruce Cook, em seu
livro Beat Generation.
Isso, como uma das consequências da explosão Beat
na segunda metade dos anos 50, com a publicação e a venda de milhões de
exemplares de "Howl and other poems", de Ginsberg e "On the Road", de
Kerouac. Outra influências são menos acidentais. É o caso de um dos
personagens mais complexos da história da música contemporânea, Jim
Morrison. Também poeta, Morrison revestiu-se de rebelião e
hiper-romantismo. No entanto, é como se ele tivesse lido Artaud,
Rimbaud, William Blake e outros poetas da rebeldia e transgressão
através do olhar de Allen Ginsberg ou de William Burroughs. O nome de
seu conjunto, The Doors, remete a isso. A idéia de transpor uma porta
está presente em Ginsberg; por exemplo, na epígrafe de abertura de "Howl
and other poems": “Soltem a fechadura das portas! Soltem também as
portas de seus batentes!”. A mesma porta está em várias passagens de
William Blake, autor referencial de ambos, Ginsberg e Morrison.
Há,
ainda, as ligações diretas de autores beat com grupos e manifestações
musicais. Entre outras, as apresentações de Allen Ginsberg no final do
anos 70 com o The Clash, em concertos pró-Nicarágua e pacifismo.
PS.: No nosso HD Moderno voce encontra On The Road e Uivo para baixar
PS 2.: Caso não consiga baixar através do nosso HD Moderno [já que os EUA estão marcando em cima os `copyright´ através da S.O.P.A] é só me mandar um email q enveio pra você.
PS.: No nosso HD Moderno voce encontra On The Road e Uivo para baixar
PS 2.: Caso não consiga baixar através do nosso HD Moderno [já que os EUA estão marcando em cima os `copyright´ através da S.O.P.A] é só me mandar um email q enveio pra você.
Walter A.
wjr_stoner@hotmail.com / facebook.com/Walter_blogTM
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