A indústria brasileira teve, no ano passado, o pior desempenho entre os
15 maiores países emergentes que produzem estatísticas comparáveis,
embora tenha se saído melhor do que diversas nações ricas. O setor
encolheu 2,7% em 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). A China lidera o ranking de longe, com alta de 10% em 2012. Em
segundo lugar aparece a indústria da Malásia e, em terceiro, a da
Indonésia, confirmando uma tendência já observada, de que os emergentes
da Ásia têm obtido um crescimento bem mais acelerado do que os da
América Latina.
O México é o primeiro latino-americano da lista. Como exportador para
os Estados Unidos, o país tem sido beneficiado pela recuperação da
economia americana.
Entre os 15 países listados, apenas três tiveram variação negativa na indústria: Brasil, Ucrânia e Argentina.
Ricos
A indústria dos EUA cresceu 2,7% no ano passado. Já na Europa, os
resultados das maiores economias foram negativos. Houve forte queda em
Reino Unido (-2,7%), França (-2,8%), Grécia (-3,5%), Portugal (-4,9%),
Espanha (-6%) e Itália (-6,5%). Na Alemanha, o setor encolheu 0,4%. No
conjunto da União Europeia, a queda foi de 2,4%. No Japão, houve
retração de 0,3%.
Brasil
O economista Rogério César de Souza, do Instituto de Estudos para o
Desenvolvimento Industrial, vê sinais de recuperação neste ano. Ele
concedeu ao blog a entrevista abaixo.
A indústria encolheu ou desacelerou em quase todos os países emergentes. Por que no Brasil foi pior?
Em relação a países desenvolvidos, a indústria brasileira tem um
retrato um pouco melhor. De todo modo, a comparação com emergentes é
válida porque levanta questões importantes. Temos a questão da economia
interna. O consumo das famílias está relativamente bom, mas a indústria
vai mal. O serviço e o comércio vão bem melhor.
Nós temos uma crise estrutural. A raiz vem de longe e hoje e está na
falta de competitividade. A indústria não consegue competir com alguns
produtos importados, por uma conjunção de fatores. Temos as questões
ligadas ao custo Brasil, que são a carga tributária, as carências de
infraestrutura e logística e outros problemas. Junto a isso tivemos um
cenário externo bastante negativo.
Em fevereiro a indústria brasileira voltou a encolher. Até quando a crise persistirá?
Esse dado de fevereiro tem que ser olhado com bastante cuidado. Em
janeiro, houve um crescimento bastante forte, mas estava “contaminado
por fatores pontuais”. Por exemplo, o setor de caminhões, que está
ligado a bens de capital, e automotores cresceram bem, mas porque tinham
uma base baixa de comparação.
Depois, em fevereiro vimos exatamente o contrário, ou seja, uma queda
justamente nesses setores. Se fosse possível tirar os efeitos pontuais,
a indústria não teria subido tanto em janeiro nem caído tanto em
fevereiro, mas de qualquer forma o sinal é positivo. A expectativa é de
que nos próximos meses ela comece a apresentar resultados mais
convincentes.
O ano passado foi tão ruim que é difícil imaginar que vamos ter um
resultado ainda mais fraco nos próximos meses. Isso é baseado, em boa
medida, na expectativa de um resultado mais robusto da economia
brasileira. O cenário externo também está relativamente melhor.
Metodologia
O ranking selecionou os países emergentes com maior PIB (produto
interno bruto) e com dados disponíveis e minimamente comparáveis, uma
vez que cada instituto de estatística tem sua metodologia particular. A
Venezuela e as Filipinas, por exemplo, são maiores do que a Ucrânia, mas
não apresentaram indicadores para a indústria em 2012 que possam ser
comparados.
Foram considerados emergentes apenas os países que, além de não
fazerem parte do G-7 (grupo das sete nações mais desenvolvidas) nem da
Europa Ocidental, também não estão ou não estiveram recentemente em
guerra civil ou situação política altamente instável, como o Egito. O Chile, um importante país emergente, ficou de fora por não ter um
PIB entre os 15 maiores. Sua indústria cresceu 2,9% no ano passado.
Fonte: Achados Economicos Uol
É incrível como o Brasil gera bilhões todo ano, enriquece os políticos sangue-sugas e seus aceclas empresários sedentos por dinheiro fácil, mas não se ver melhorias palpáveis na vida daqueles que mais precisam. A segurança pública virou uma piada retrógrada, a saúde vai muito-mal-como-sempre-obrigado, a educação continua sendo escrita com ss nas redações do ENEM, o comércio informal e sonegador e a indústria - como podemos ver - continua falida. Eita Brasil. És uma vergonha mundial, sabias?!
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